Nos últimos anos, a reabilitação urbana tem-se afirmado como uma das principais tendências no mercado imobiliário português. Mas sabe porquê?
Face à escassez de construção nova e ao envelhecimento do parque habitacional, a revitalização de edifícios antigos tornou-se uma solução estratégica e sustentável, com benefícios tanto para investidores imobiliários como para as comunidades locais.
Este movimento de reabilitação não só responde à necessidade de renovação do património, como também contribui para manter vivos os centros históricos das cidades.
Reabilitação urbana cresce no mercado imobiliário português
O mercado imobiliário tem encontrado na reabilitação urbana uma resposta eficiente às limitações do parque habitacional. Em cidades como Lisboa e Porto, a requalificação de edifícios degradados pode contribuir para o aumento da oferta de habitação, beneficiando as comunidades. Mas não só: setores como o turismo e o comércio têm também a ganhar com esta estratégia.
A crescente procura por imóveis localizados em áreas urbanas reabilitadas, especialmente no contexto dos centros históricos, tem vindo a valorizar esses espaços, transformando em polos de atração o que muitas vezes eram locais subaproveitados.
E há razões para otimismo. Dados recentes da AICCOPN mostram uma tendência de recuperação na atividade das empresas que operam na reabilitação urbana.
Políticas e incentivos à reabilitação urbana
Um dos fatores que impulsiona este segmento é a implementação de políticas públicas favoráveis. Programas como o Regime da Reabilitação Urbana ou o Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) criam incentivos e condições para os investidores, tanto nacionais como estrangeiros.
Estas iniciativas não apenas facilitam o investimento imobiliário seguro em áreas urbanas, mas também promovem a renovação sustentável dos edifícios, melhorando a eficiência energética e reduzindo as emissões de carbono.
Reabilitar para revitalizar as cidades e os centros históricos
Além do impacto económico, a reabilitação urbana desempenha um papel crucial na preservação do património arquitetónico e cultural das cidades. Ao recuperar edifícios antigos, respeitando a sua identidade histórica, esta estratégia ajuda a revitalizar áreas que, de outra forma, estariam sujeitas à degradação.
Para o mercado imobiliário português esta é uma oportunidade estratégica que combina valorização patrimonial, desenvolvimento económico e sustentabilidade ambiental. Com a continuidade dos incentivos e o crescente interesse de investidores, este segmento continuará a ser um dos motores do dinamismo imobiliário em Portugal, garantindo cidades mais vivas, inclusivas e preparadas para os desafios do futuro.