Visitar um imóvel é uma das etapas mais determinantes no processo de compra. É o momento em que pode confirmar se o que viu em fotografias corresponde à realidade e perceber se aquele espaço tem o potencial para se tornar o seu novo lar. Mas, para que essa visita seja realmente útil, é essencial que vá preparado, com uma visão clara do que quer, do que precisa e quais são os aspetos a analisar. Desde a localização até ao estado do imóvel, passando pela vizinhança e pelos pormenores técnicos, há uma série de fatores que podem influenciar a sua decisão final.
Neste artigo reunimos as dicas mais importantes para tirar o máximo partido de cada visita e evitar surpresas desagradáveis no futuro.
Se esta é a sua primeira vez a comprar casa ou a visitar um imóvel, é natural sentir algum nervosismo. Com uma abordagem informada e estruturada, todo o processo pode ser conduzido com maior segurança e clareza.
Prepare-se antes da visita
Antes de marcar a visita, reserve algum tempo para se preparar:
Pesquise a localização: Explore a área com uma aplicação de navegação ou vista aérea e consulte a oferta de comércio, escolas, parques ou transportes. Consoante os serviços que utiliza com frequência (ginásio, clínicas, lojas, entre outros), dedique algum tempo a conhecer melhor a zona envolvente para perceber se esta corresponde ao seu estilo de vida.
Analise o anúncio com atenção: Reveja as fotografias, plantas, tipologia e área útil do imóvel. Se faltarem imagens ou informações importantes, solicite esses dados antes da visita e aproveite para esclarecer dúvidas com o consultor.
Defina prioridades e pense no futuro: Liste os aspetos fundamentais para si, como número de quartos, presença de elevador ou garagem, e diferencie-os daqueles que são apenas preferências. Ter critérios bem definidos ajuda a avaliar com maior objetividade. Pense também se este imóvel se adapta ao que poderá precisar daqui a 5 ou 10 anos: espaço para crescer, trabalhar a partir de casa ou receber visitas com frequência.
Observe mais do que aquilo que é visível
Durante a visita, é natural deixar-se influenciar pela decoração, mas o que realmente importa são as características estruturais do imóvel:
Estado geral da casa: Observe com atenção paredes, janelas, tetos, chão e instalações visíveis. Fique atento a sinais de infiltrações, humidade ou desgaste.
Luz natural e orientação solar: Avalie a luminosidade do imóvel ao longo da visita. Entenda a exposição solar e perceba se os espaços recebem luz direta ou se são naturalmente escuros, fatores que impactam o conforto e os consumos energéticos.
Isolamento acústico e térmico: Repare nos ruídos vindos da rua ou de imóveis vizinhos, na existência de correntes de ar e na temperatura interior. Estas perceções ajudam a aferir se o imóvel é confortável tanto no verão como no inverno.
Espaços de arrumação: Verifique a existência de soluções como armários embutidos, despensas ou arrecadações. Estes elementos facilitam a organização da casa e podem evitar a necessidade de mobiliário extra.
Testar funcionalidades básicas: Não hesite em abrir janelas, ligar torneiras, verificar a pressão da água, acender luzes ou ligar interruptores. Confirme se as portas fecham corretamente, se há tomadas suficientes e em locais úteis. Estes detalhes fazem toda a diferença no uso diário da casa.
Use todos os seus sentidos: Observe com atenção, ouça possíveis ruídos, sinta a temperatura e repare em eventuais odores. Tudo isto ajuda a perceber se o imóvel está em boas condições ou se precisará de reparações.
Avalie o edifício e as áreas comuns
Se estiver a visitar um apartamento, é fundamental considerar também o contexto do edifício:
Zonas comuns bem cuidadas: Entrada, elevadores, escadas e garagem devem transmitir segurança e boa manutenção.
Custos de condomínio e obras previstas: Informe-se sobre o valor mensal do condomínio, se existem obras recentes ou agendadas e qual o estado do fundo de reserva do prédio.
Ambiente e vizinhança: Procure perceber se o ambiente é tranquilo, se há ruídos excessivos, se existem crianças ou animais e como é o convívio entre vizinhos. Uma boa convivência pode fazer toda a diferença na qualidade de vida.
Esclareça todas as dúvidas
A visita é a altura ideal para fazer perguntas e recolher todas as informações relevantes. Aqui estão alguns exemplos úteis:
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Foram realizadas obras recentes no imóvel ou no edifício?
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Qual o certificado energético da casa?
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Quais os consumos médios de eletricidade, água e gás?
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O imóvel tem algum histórico de infiltrações ou problemas estruturais?
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Como é o estacionamento na zona?
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Existem transportes públicos nas proximidades?
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É uma zona segura para crianças ou com espaços ao ar livre?
É importante tirar notas e, se necessário, fotografar os espaços (com autorização), para rever mais tarde com calma.
Use a imaginação
Além da análise técnica, tente imaginar como será viver naquele espaço. Pense na disposição dos seus móveis, no ambiente da sala para convívios ou descanso e na funcionalidade da cozinha para o seu dia a dia. A casa deve responder às suas necessidades práticas, mas também fazer sentido emocionalmente. Levar uma lanterna pode ser útil para inspecionar áreas menos iluminadas ou de difícil acesso, garantindo que não lhe escapa nenhum detalhe.
Se possível, agende uma segunda visita
Uma segunda visita, idealmente em horário diferente, pode oferecer uma nova perspetiva sobre o imóvel. Questões como ruído, trânsito ou luz natural variam ao longo do dia e podem influenciar a sua decisão final. Antes de marcar uma segunda visita, reflita sobre os prós e contras do imóvel para garantir que realmente vale a pena voltar.
Confie num profissional para o acompanhar
Um consultor Coldwell Banker conhece o mercado, sabe o que deve ser analisado numa visita e pode ajudá-lo a identificar oportunidades ou potenciais problemas que poderiam passar despercebidos.
Comprar uma casa é uma decisão que exige atenção, ponderação e acompanhamento especializado. Uma visita bem preparada facilita a análise do que é mais relevante e conduz a decisões mais informadas.
