2022 vai ser o melhor ano de sempre?

Acreditamos que 2022 vai ser também um ano de maior consciencialização para o tema da sustentabilidade. Tornar as casas eficientes do ponto de vista energético deixou de ser apenas uma preocupação financeira e passou a estar na mente do consumidor.

O ano que passou foi de inúmeras mudanças e de novas tendências. A situação pandémica que vivemos e os confinamentos a que fomos obrigados criaram um novo paradigma e colocaram as casas no centro da nossa vida.

Muitas foram as vozes que defendiam que os preços do imobiliário iriam cair, mas contrariamente ao expectável o resultado acabou por ser o contrário. Foi o melhor ano de sempre do imobiliário português. Estamos bastante otimistas para 2022 e acreditamos que podemos pelo menos repetir a performance de 2021.

Existem, naturalmente, acontecimentos preocupantes aos quais todos somos sensíveis e que não podemos ignorar. A guerra na Ucrânia, por exemplo, poderá ter um impacto bastante significativo, nomeadamente ao nível do aumento do preço de alguns materiais e equipamentos. Outros indicadores, como a inflação, que já é notória, poderão ter efeitos no preço das casas.

Por outro lado, podemos e devemos também olhar para o mercado português como uma oportunidade de valorização, sobretudo relativamente à segurança que o país oferece e que é um indicador de valorização intangível. O sentimento de segurança, de se sentir seguro onde se vive, é para muitos clientes o verdadeiro luxo.

Acreditamos que 2022 vai ser também um ano de maior consciencialização para o tema da sustentabilidade. Tornar as casas eficientes do ponto de vista energético deixou de ser apenas uma preocupação financeira e passou a estar na mente do consumidor como um objetivo base para contribuir para o bem-estar das gerações futuras.

A digitalização no sector imobiliário terá continuará a ser um dos temas incontornáveis. Os processos serão mais rápidos e mais eficazes, graças à aceleração da digitalização no mercado. Nunca foi tão rápido adquirir uma casa.

Prevemos também uma manutenção da procura por parte de clientes americanos, brasileiros e do norte da Europa.

Relativamente ao mercado doméstico, é previsível que, apesar da subida dos juros no crédito à habitação e do aumento da inflação, se mantenha dinâmico. Os dados do primeiro trimestre apontam para isso mesmo. O sector bancário continua muito ativo na concessão de crédito e ao analisarmos a opção aquisição vs. arrendamento, a aquisição é geralmente a mais vantajosa.

Frederico Abecassis, CEO Coldwell Banker Portugal

Fonte: visao.sapo.pt

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