Casas inteligentes, o futuro digital da habitação

O futuro das casas é digital. A quarta revolução industrial está aí e, hoje, a transição digital, a transição climática, os dados e a economia baseada no conhecimento são desafios centrais para o imobiliário. As casas do futuro são inteligentes, eficientes, produzem criptomoedas e poderão mesmo ser transacionadas unicamente em moedas virtuais. Tudo isto vai ser possível em breve nas habitações que estão a nascer bem a Norte do país. E para conhecer todas as novidades, o idealista/news entrevistou Luís Felício, broker e owner da Move, o grupo de Braga que está à frente de projetos residenciais deste tipo.

Foi depois da pandemia que o projeto “Casas do Futuro” surgiu no seio do Grupo Move. E “teve origem na perceção da tendência para uma maior valorização da casa e usufruto do espaço”, conjugado com “a oportunidade de introduzir de novas tecnologias que prometem revolucionar o modo como vemos e vivemos na nossa casa, ou até como a podemos transacionar”, começa por explicar Luís Felício na entrevista.

Construir um total de 10 casas inteligentes na região Norte é o objetivo. E, para já, o grupo tem três projetos distintos em marcha situados em Braga, Celorico de Basto e em Caminha. Todos têm a “veia comum de gestão digital e da sustentabilidade”, adianta o responsável do Grupo Move, dando nota de que o investimento associado a estes projetos ronda os nove milhões de euros. Mas estas casas vão ser inteligentes cada uma à sua maneira: “Os três projetos vão ter três soluções distintas de inteligência, desde uma solução mais básica, até uma solução top de mercado”, revela.

Claro que ao acrescentar funcionalidades à casa, “estamos a somar mais uma camada no preço de custo”, detalha Luís Felício. Por exemplo, o “Chalet Digital”, em Braga, está à venda por 599.000 euros, de acordo com o website do projeto. Apesar do custo adicional, a gestão otimizada vai permitir a poupança a longo prazo, pelo controlo ao detalhe dos consumos de energia e de água. Pelo que, segundo conclui o promotor do projeto, “as casas inteligentes são um investimento rentável a curto-médio prazo”.

Além de incluírem toda a domótica integrada, estas casas do futuro têm ainda outra particularidade: elas próprias vão produzir criptomoedas, através da mineração da Helium, que é uma “forma simples e barata de o fazer”, adianta o responsável. Isto quer dizer que estas casas inteligentes ao estarem ligadas a uma rede poderão produzir um valor médio mensal que varia entre os 100 e os 150 euros.

As novidades não ficam por aqui. As transações em criptomoedas são negócios do presente e com “grande potencial de futuro”, até porque com o novo regulamento da Ordem dos Notários passará a ser possível comprar e vender imóveis unicamente em moedas virtuais. E por isso também aqui Luís Felício quer estar presente, tendo como objetivo vender casas em criptomoedas, primeiro as construídas pelo grupo e depois as dos clientes. E acredita que nestes criptonegócios só há vantagens.

A fusão do mundo digital com o imobiliário está a acontecer a olhos vistos e em diferentes frentes: desde a domótica às transações puramente em criptomoedas. Mas o que fazem, em concreto, estas casas inteligentes? E que vantagens trazem para a vida das pessoas? Como é que uma casa consegue produzir criptomoedas? Será a compra de casas em criptomoedas segura e vantajosa? Mergulhado em todas estas tendências digitais do imobiliário, Luís Felício, broker e owner do Grupo Move, responde em entrevista ao idealista/news.

Fonte: idealista.pt

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